O governo de São Paulo decidiu encerrar o capítulo mais midiático da Penitenciária 2 de Tremembé. Conhecida por abrigar presos de alta repercussão, como o ex-jogador Robinho e o empresário Thiago Brennand, a unidade será reformulada e passará a receber apenas detentos em regime semiaberto. A mudança marca o fim de um modelo criado após o fechamento do Carandiru, que por anos concentrou condenados de casos emblemáticos.
A transferência dos presos já começou e deve ser concluída até o fim de novembro. O destino? A Penitenciária 2 de Potim, a 46 quilômetros de distância — mais longe da capital e com superlotação registrada. A unidade tem capacidade para 1.063 detentos, mas abriga atualmente mais de 1.400. A Secretaria de Administração Penitenciária não confirma datas nem nomes, alegando questões de segurança.
A decisão foi comunicada ao Tribunal de Justiça, que reconheceu a autonomia da SAP para realizar as transferências sem necessidade de autorização judicial. A Defensoria Pública foi acionada por familiares de presos em Potim, que temem conflitos e falta de estrutura para receber os novos detentos.
O modelo de Tremembé sempre foi tratado com discrição, mas nunca deixou de ser alvo de críticas. A diferença no perfil dos presos — e no tratamento dado a eles — alimentou a percepção de que havia uma “ala VIP” no sistema penitenciário paulista. Agora, com a redistribuição, o Estado tenta apagar esse rótulo. Mas a pergunta que fica é: será que muda o endereço, ou só o CEP do privilégio?
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